sábado, 19 de novembro de 2011

Um dia depois do outro

Os homens não sabem quanto é inútil
contar os dias, as horas
os minutos
com os números frios da matemática


quando eu me levantar
a vontade que eu tenho
é rasgar o cenário do dia
com as duas mãos que eu tenho
e subir clandestino
no primeiro avião


as regras, eu não respeito as regras
e hoje me sinto
anterior a tudo

meus companheiros nunca disseram
que o amor podia ser tão grande
e a saudade, tão dura

Eu te amo
e vou repetir sempre
tantas vezes que terão de inventar
uma nova matemática

Mesmo assim
quando acontecer já será inútil
porque de novo não terão como calcular
quantas vezes eu te disse
eu te amo

Agora
eu queria te dizer uma coisa
uma só

Não te amo muito
ou pouco ou
demais

Não te amo como nos filmes de Hollywood
como nas novelas da Globo
ou nas peças de Shakespeare

Nem te amo talvez
como tu queres

Eu te amo como sou
com meus díspares de meias
meus defeitos todos
meus acertos poucos
meus medos
minhas bandeiras ao vento
com o que trago dentro
do coração:
eu

Nenhum comentário:

Postar um comentário