Aqui
até a poesia
é um fardo.
sábado, 28 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Existência
Um dia
sobre o outro.
Sacos cheios de vazio
empilhados feito corpos
num necrotério nazi-fascista.
Dias de glória
efêmera,
dias
de 24 horas
contadas,
dias de merda azul.
Algo sobre o Pacífico,
algo sobre o Atlântico,
um cravo vermelho.
Morte
e indagações.
Às 24 horas
seremos o quê?
Sofrimento em cores na tv?
Restos de mar na praia?
Anéis de Saturno em espelhos?
Vacilações?
sobre o outro.
Sacos cheios de vazio
empilhados feito corpos
num necrotério nazi-fascista.
Dias de glória
efêmera,
dias
de 24 horas
contadas,
dias de merda azul.
Algo sobre o Pacífico,
algo sobre o Atlântico,
um cravo vermelho.
Morte
e indagações.
Às 24 horas
seremos o quê?
Sofrimento em cores na tv?
Restos de mar na praia?
Anéis de Saturno em espelhos?
Vacilações?
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Primavera
Esta
decisivamente esta
é uma primavera demente
Flores mais vivas
despedidas certeiras
noites quase tristes
A névoa
sobre a cidade
cimento
e lágrimas
sobre o chão
Num quarto qualquer
sobre o ferro verde
arde
um começo de saudade
um sorriso
uma paixão
Arquitetos do futuro
precisamos sempre partir
o coração do presente
decisivamente esta
é uma primavera demente
Flores mais vivas
despedidas certeiras
noites quase tristes
A névoa
sobre a cidade
cimento
e lágrimas
sobre o chão
Num quarto qualquer
sobre o ferro verde
arde
um começo de saudade
um sorriso
uma paixão
Arquitetos do futuro
precisamos sempre partir
o coração do presente
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Estátuas
Tropeçando a loucura de cada dia
formas que vão para o nada
Espaços imensos
cimento, máquinas, corpos
por todos os lados
Pombos sobrevivem nas marquises
manadas bucólicas decadentes
cinza metálico sobre o cinza
cinzento
A noite abre suas pernas
cheirando a álcool e coito
interrompido
Nada detém o tempo
a dor
a chuva minúscula
escorrendo pelo neon
intermitente
As estátuas aqui são mais compreensivas e gentis
Cegas
Surdas
Imóveis sob o firmamento
assistem o assassínio
o suicídio
a miséria humana
São Paulo:
a esperança
em ti
não é possível
formas que vão para o nada
Espaços imensos
cimento, máquinas, corpos
por todos os lados
Pombos sobrevivem nas marquises
manadas bucólicas decadentes
cinza metálico sobre o cinza
cinzento
A noite abre suas pernas
cheirando a álcool e coito
interrompido
Nada detém o tempo
a dor
a chuva minúscula
escorrendo pelo neon
intermitente
As estátuas aqui são mais compreensivas e gentis
Cegas
Surdas
Imóveis sob o firmamento
assistem o assassínio
o suicídio
a miséria humana
São Paulo:
a esperança
em ti
não é possível
sábado, 7 de janeiro de 2012
Nosso Tempo
O meu, o teu, o nosso.
O que fazer dos destroços do tempo?
das mãos que constroem o mundo
sem saber pra onde, sem saber
pra quê? o que fazer do medo
escondido embaixo da cama?
do ódio? da angústia? da raiva?
O que fazer da raiva?
São coisas que cabem num verso.
A trepada, o tempo, a dúvida
não cabe num verso.
A xícara transformada em urna mortuária
das últimas horas grávidas de silêncio
não cabe num verso.
As mulheres,
são tão loucas as mulheres.
Sempre diferentes,
como meu mundo não é igual ao teu,
como tempo é diverso entre os homens.
É inútil.
No lado debaixo do mundo
o tempo respira nos becos como um animal.
O que fazer dos destroços do tempo?
das mãos que constroem o mundo
sem saber pra onde, sem saber
pra quê? o que fazer do medo
escondido embaixo da cama?
do ódio? da angústia? da raiva?
O que fazer da raiva?
São coisas que cabem num verso.
A trepada, o tempo, a dúvida
não cabe num verso.
A xícara transformada em urna mortuária
das últimas horas grávidas de silêncio
não cabe num verso.
As mulheres,
são tão loucas as mulheres.
Sempre diferentes,
como meu mundo não é igual ao teu,
como tempo é diverso entre os homens.
É inútil.
No lado debaixo do mundo
o tempo respira nos becos como um animal.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Ausência
É grande
a tua ausência
em mim
Sorriso
Ancas
Olhos verdes
Palavras
Abraços
Suor vermelho
É violentamente
doce
a tua ausência
em mim
a tua ausência
em mim
Sorriso
Ancas
Olhos verdes
Palavras
Abraços
Suor vermelho
É violentamente
doce
a tua ausência
em mim
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Pássaros Azuis
Hoje
me fogem pássaros azuis do pulmão
e um vento de sombras
sufoca os gestos do amor
Sobram ilhas de tristeza
e saudade
sobram versos inúteis
e uma lágrima
Minhas mãos
afogadas em bolsos escuros
não sentirão
o calor do teu corpo
a geografia sinuosa das tuas ancas
Onde estarás agora?
Com quem? Que palavras
saem da tua boca? Para onde
se dirige o fogo de paixão do teu olhar?
Vamos perder para sempre também
este dia?
Hoje
de tristeza absoluta
vou guardar o coração
na última gaveta
Hoje
me fogem pássaros azuis
do pulmão
me fogem pássaros azuis do pulmão
e um vento de sombras
sufoca os gestos do amor
Sobram ilhas de tristeza
e saudade
sobram versos inúteis
e uma lágrima
Minhas mãos
afogadas em bolsos escuros
não sentirão
o calor do teu corpo
a geografia sinuosa das tuas ancas
Onde estarás agora?
Com quem? Que palavras
saem da tua boca? Para onde
se dirige o fogo de paixão do teu olhar?
Vamos perder para sempre também
este dia?
Hoje
de tristeza absoluta
vou guardar o coração
na última gaveta
Hoje
me fogem pássaros azuis
do pulmão
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
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