Tropeçando a loucura de cada dia
formas que vão para o nada
Espaços imensos
cimento, máquinas, corpos
por todos os lados
Pombos sobrevivem nas marquises
manadas bucólicas decadentes
cinza metálico sobre o cinza
cinzento
A noite abre suas pernas
cheirando a álcool e coito
interrompido
Nada detém o tempo
a dor
a chuva minúscula
escorrendo pelo neon
intermitente
As estátuas aqui são mais compreensivas e gentis
Cegas
Surdas
Imóveis sob o firmamento
assistem o assassínio
o suicídio
a miséria humana
São Paulo:
a esperança
em ti
não é possível
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