Há dias inúteis no tempo,
dias em que o tempo é nada
como se fosse possível.
Nenhum gesto, nenhum sorriso
nem mesmo um grito.
Simplesmente
o coração bate por vício
e respiramos por falta absoluta
do que fazer
como monumentos
como monumentos fixados no tempo.
São dias em que o tempo fica preso
num desvão das horas
e junto com ele a vida
agoniza e chora
como cadela
que é
abandonada para morrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário