segunda-feira, 2 de abril de 2012

Três poemas


Ontem,
lendo Drummond de Andrade na cama,
projetei três poemas.

Tenho certeza que os três eram os melhores poemas de toda a minha vida.

Mas hoje,
tendo acordado,
tomado café,
brincado com minha filha e trocado-lhe as fraldas,
desde que sentei diante do computador não consigo lembrar mais que isso: eram os melhores poemas de toda a minha vida;
eram três;
eu os fiz lendo Drummond.

Agora,
eu os perdi.
Para sempre.

Nunca mais farei os três melhores poemas da minha vida.

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